Aqueduto do Convento do Louriçal

Aqueduto do Convento do Louriçal

A origem do Aqueduto do Louriçal encontra-se indelevelmente relacionada com D. João V e com as irmãs Clarissas, tendo o monarca ordenado a sua construção com o intuito de reforçar o abastecimento de água do Mosteiro do Santíssimo Sacramento, existente desde 1709. A água fornecida pelo Aqueduto, para além de servir as necessidades das religiosas no seu dia-a-dia comunitário, contribuiu para o desenvolvimento sustentável do convento, através da produção de conservas e de doçaria. A responsabilidade do projeto do Aqueduto do Louriçal deveu-se ao Irmão Manuel Pereira (da Congregação do Oratório), especialista em estudos e levantamentos de arquitetura, a quem o rei Magnânimo assegurava toda a confiança.
As suas nascentes localizam-se nuns terrenos denominados Mina ou Minas, hoje conhecidos por Pomar e que foram pertença da Capela do Santíssimo Sacramento desde a sua fundação. Fizeram parte dos bens usurpados em 1910, mas que em 1928 foram recuperados em hasta pública juntamente com o convento e a cerca. A sua arcaria, com cerca de 350 metros de comprimento e composta por 28 arcos em alvenaria com aduelas de tijolo, encontra-se ainda original na sua maior extensão. Atualmente, todo seu traçado se encontra restaurado, tendo sido intervencionado ao nível de reboco e pintura.
Dentro da vila, nos seus últimos arcos, em volta perfeita, encontram-se embutidas algumas habitações que conferem a este monumento alguma peculiaridade na arquitetura da vila e na sua evolução histórica. Hoje, a mina, o aqueduto e o fontanário, que outrora integravam o pátio exterior do Convento, sendo propriedade do mesmo, são, pelo seu valor histórico, reconhecidos como Monumento Nacional.